quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Sobre a rotina

O que é mais adequado para um dia de pós-carnaval do que se falar sobre rotina, não é mesmo?

Bem, como de costume meu carnaval não teve viagens, bagunça e excessos. É certo também que não vou sair do meus dias de tédio depois desse carnaval. Não imediatemante.

Ouvindo Los Hermanos - Todo Carnaval Tem Seu Fim, o que pareceu uma trilha adequada pra escrever esse post, eu comecei a pensar sobre essa coisa toda de rotina.

Quer dizer... O que exatamente é uma rotina, né?
Bem, segundo o dicionário...

Rotina:
(do Fr.
routine < route, caminho) - s. f.,caminho já trilhado e sabido; hábito de fazer as mesmas coisas ou sempre da mesma maneira; - fig., uso geral; prática constante; índole conservadora ou oposta ao progresso; aversão às inovações; norma estabelecida e fixada por escrito, existente em empresas e no funcionalismo público, que regula as relações departamentais e hierárquicas; fluxo de informação e actuações gerais a levar a cabo sempre que se apresenta determinada situação; (no pl. ) conjunto de normas;(no pl. ) documentos onde as normas estão fixadas;


É... O dicionário não ajudou muito, né?! Eu continuo sem entender bem essa coisa de 'cair na rotina' ou ' virar rotina' e até 'mudar a rotina'. Isso tudo me parece algo distante e inascessível.

Fora do alcance limitado da minha mentezinha confusa.
O tipo de coisa que não se controla.

Você começa a agir de uma forma, frequentar um tipo de lugar, tomar um tipo de atitude, comer um tipo de comida ou qualquer coisa do tipo. De repente, e antes de se dar conta, isso vira a tal rotina.
E quando resolve se livrar dela, mudar seus hábitos ou sei lá o que for, você entra em outra rotina, que no fim das contas dá na mesma que continuar na mesma rotina de antes.

Enfim, cansei de brigar com a rotina. Não adianta muita coisa mesmo, né? Aliás, tem muita coisa que fica mais fácil de encarar se simplesmente aceitar-se que existem e deixar de pensar nelas, logo depois.

Funciona com a rotina, o tédio, o calor e até com a p
erspectiva de passar um carnaval quente e tedioso em casa. Bem, agora... Deixa eu seguir a rotina e mandar uns versos por aqui.

Rotina


Acordar. Tomar café.
Sair. Correr. Sabe como é...

Voltar. Banho. Roupas. Sono.
Angústia. Tédio. Abandono.

Bocejo. Ônibus. Lotação.

De pé. Com sono. Sem noção.

Andar. Aulas. Tudo tão chato.

Aula de noite. Penso. Mato.

Ponto. Trânsito. Buzina. Inferno.

Mochila. Música. Remorso Interno.

Casa. Banho. Roupa. Academia
.
Dor. Suor. Cansaço. Agonia.

Violão. Cantar. Desenho. Escrever.
Escrever. Apagar. Apagar. Esquecer.

Noite. Esporro. Insônia demais.

Madrugada. Internet. Cama. Paz.



É... Axo que isso era tudo que tinha pra dizer.

Até mais.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sobre o tédio, o calor, a TV e o violão

Engraçado como tudo parece estar conectado nesse mundo.

Tipo o tédio e o calor. Não sei se me entendem... Deve ser o lance das férias de verão, e tal. Férias leva a tédio, verão leva a calor. Mas é ainda mais evidente o calor estúpido que faz por aqui quando não se tem absolutamente nada pra fazer, ou ao menos nada de interessante.

Pois é, essa é a minha realidade ultimamente. E se o ócio e o calor não podiam ficar piores, meu computador acabou quebrando. Aí já viu, né? Vou eu arranjar um pc pra segurar a barra até meu pobre coitado voltar, e nesse meio tempo... assistir TV.

A TV e eu não nos damos muito bem. Fato.

Pior ainda, o cabo do meu baixo também quebrou.


O tédio piora, o calor piora. Não sei se acabo sofrendo mais de tédio ou de calor. Talvez sejam a mesma coisa, né?!

O calor fia pior a cada hora que passa e a TV ajuda a piorar tudo. O tempo parece não passar, e quase me arrependo de ter reclamado de ele passar devagar num post anterior. Fica insustentável.

Espera um pouco. Até agora eu relacionei o tédio com o calor, o tédio com a TV e a TV com mais calor. Faltou por o violão na história, né?

Bem, depois do passatempo de ver TV não dar certo, geralmente na primeira hora da tentativa frustrada, é a hora perfeita pra pegar o violão. Não que seja bom nisso, mas ajuda um bocado.

Toco umas notas, brinco com as cordas, o som via saindo e o tempo finalmente volta a passar na velocidade de sempre. É um alívio.



Meu computador ainda está no concerto, mas arranjei um provisório pra não ter de encarar mais uma seção "tédio, calor e TV". O violão, porém, tá sempre aqui do lado pra quando o tédio aparece.

Bom, hoje é isso aí. Sem poemas mais uma vez.

Até mais.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Nostalgia.

Mil e uma coisas nessa semana me fizeram pensar sobre a amizade. Sem detalhes. Muita gente pode entender o que estou falando. A maioria nem fará idéia.

É estranho parar pra pensar em tantas pessoas que nós conhecemos na vida. Gente demais pra se contar. Gente demais pra lembrar o nome de cada um. Gente demais. Mas nem de todo mundo nos esquecemos.

Amigos. Alguns nos supreendem, alguns se afastam, alguns estão sempre ali. Eu dei sorte. Fui designado a encher o saco de muita gente nesse mundo. Alguns por mais tempo que outros. Esse post é dedicado aos meus amigos. Dedicado especialmente ao Deny, meu primo, um dos meus amigos mais antigos. (Junto da Etienny, claro. Se esqueço dela aqui, ela me mata.)

Foi ele quem deu a idéia do post. Aqui estamos!

Dos meus amigos de infância, das epocas de patins, brincadeiras pelas ruas, pés descalços... felicidades próprias da época. Quantos deles eu vejo até hoje? Quanto eles mudaram? Sei que ainda lembro de todos eles, mas quantos ainda lembram de mim?

Bons tempos aqueles, heim... As preocupações eram menores. A vida era mais fácil. E eu ainda reclamava!

Pelo menos algumas amizades dessas atravessaram o tempo e ainda estão aqui. É bom tê-los por perto.

Mas não é só pros amigos da infância que é dedicado esse post. É pra todos os amigos que encontrei pelo caminho até aqui e os que ainda estou pra conhecer. Todos importantes a sua forma. Insubstituíveis. Únicos.

Eu me lembro que um dos meus primeiros poemas na vida foi um sobre a amizade. Ficou perdido em um desses livros de coletânias de poesia de escolas.

Ninguem sabe que fim ele levou. Nem eu. Bom, vou tentar um novo. Talvez saia um pouco mais triste que o primeiro. Coisa do tempo, né?!

As caixas lacradas

Sobraram alguns poucos tesouros
Dos tempos da infância
Que pude guardar

Afogados em caixas escuras
Onde a ignorância
Lhes deixou ficar

Me lembram de amigos perdidos
Sonhos esquecidos
Do tempo a passar

Bate a nostalgia e ligo
Pra cada amigo
Que posso lembrar

Termino isso agradecido
Por lhes ter conhecido
Mas sem lhes falar



Pronto. Post sobre encomenda terminado com sucesso. Para um grande amigo, e para todos os amigos. Espero que tenham gostado.

Comentem, ok? E até o próximo post.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O buraco existencial

Sabe quando você sente que te falta alguma coisa? Tem algo que não está certo? Precisa de alguma coisa, mas não faz a menor idéia do que seja, e aliás nem sabe por que quer?

Ah, vamos... Eu duvido que nunca sentiu um vazio na tua vida. Se não sentiu, parabéns... Tu é um puto de um sortudo. Se sentiu, bem vindo ao clube dos que cultivam em seu interior um Buraco Existencial.


Funciona assim: Você não sabe o que é, por que está ali e nem o que fazer pra remediar. Simplesmente existe. Fica ali, e de vez em quando você nota que ele está ali, e sempre esteve.

Eu fico incomodado quanto dou por conta desse buraco, mas na maior parte do tempo eu negligencio. Vista grossa, sabe como? Parece o mais sensato a se fazer, apesar das pessoas tentarem geralmente preencher esse buraco com algo produtivo.


Não dá certo, vai por mim. Se ele está ali é porque está, e acabou. Mas tá tudo legal. Acho que já estou me acostumando com o meu.


(Eu sei, esse tema é de uma melancolia sem tamanho. Mas... Ow! Não tenho direito a umas crises existenciais de vez em quando não?)


Como nunca me canso de reflexões nem de versos, aí vão uns ilustrando esse papo fossa:

Algo errado

Tinha algo errado
Com a felicidade.
Não era tão doce.
Não era verdade.


Tem algo errado
Com as alegrias.
De longe, perfeitas.
De perto, vazias.


Tem algo errado
Com tudo no mundo.
Tem um buraco aqui,
E ele é fundo.

Terá algo errado
Com tudo? Ou no fim
Seja só um pedaço
Que falta em mim.



Foi complicado achar uma foto para ilustrar esse post. Quem me ajudou foi a Lara, pra variar. Ela já é tipo uma sócia do blog, né Lara? Bom, não podia deixar de dar o crédito.

=]


Tá aí, post meio reflexivo em um momento meio que pouco produtivo. Chega de pensar nesse buraco.

Até o próximo post.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Falando do tempo.

Mente vazia é a oficina do diabo. Alguem soltou essa pérola algum dia, e pode ter sido alguem importante até. Ela me lembra a minha avó, de tantas vezes que ela me repetiu isso. O fato é que de tanto tempo a toa por conta dessas costuras na minha boca eu resolvi fazer um novo post.

Andei pensando muito sobre o tempo, esses tempos. Sabe aqueles momentos em que você começa a viajar sobre um assunto qualquer e depois descobre que está pensando numa mesma coisa faz horas, mesmo que sem querer?

Começou com um comentário de uma amiga (a Lara) aqui mesmo no meu blog. Depois ela comentou comigo pessoalmente. Janeiro passou muito rápido. Parece ter sido ontem os fogos anunciando nosso 2009 promissor.

O tempo passa muito depressa, né?


Também já teve essa sensação? É assustador, né? Tudo vai passando tão rápido que nem percebemos. Agumas raras vezes, eu me dou conta disso. Essa semana, o tédio acabou por jogar isso na minha cara. Mesmo ficando o dia inteiro em casa, e a maior parte do tempo em repouso, o tempo passou voando. Agora ela já está no fim.

Será que é o tempo que corre demais ou nós é que estamos vivendo muito depressa?
Não é o stress, a correria, o caos, a pressa, a rotina...

O problema é o tempo passar rápido ou nós, que estamos ocupados demais para vê-lo passar?

Nem sempre perguntas precisam de respostas, certo? Então deixa essas perguntas aí, enquanto eu deixo um poema pré-escrito que encaixou muito bem nesse post.

O dia hoje voou

O sol nasceu e eu nem fui ver

Agora já passou

Já tenho mais o que fazer

Meu dia começou

Bateu um vento e eu nem notei

A estação mudou

Já pela tarde eu reclamei

O tempo não voltou

Escureceu e eu percebi

Que o dia terminou

A lua já estava ali
'O dia hoje voou'



Hoje foi um desses dias que nem percebi passar. Tá cada vez mais comum. Todo mundo esquecendo. Esquecendo de ver suas próprias vidas passarem.

Taê, foi-se mais uma postagem. Até.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sobre os cisos.

Eu só consigo imaginar uma utilidade para os cisos: INCOMODAR.

É sério. Esses malditos dentes nascem lá no fim da boca, onde você nunca usa pra mastigar. Quando nascem, eles incomodam diariamente, empurram outros dentes e causam dores lascinantes. Também tem uma possibilidade de eles não nascerem, ou de estarem em uma posição bizarra por lá por dentro, como os meus. Aí tu já sabe... Vais ter que fazer uma cirurgia básica pra tirar os 'dentes do juízo'.

Eu cada vez mais concordo com essa denominação de 'dentes do juízo', sabe? São uma coisa que eu nunca pedi pra ter, causavam uma dorzinha chata lá no fundo de vez em quando e eu estou convencido de que vou viver bem melhor sem eles.

A operação foi coisa rápida. O bixo pega e no pós operatório, quando tem todos aqueles cuidados chatos e essa merda doeu pra cacete. Agora já tá melhor, embora duvide que vá conseguir dormir após todo aquele sorvete. É açúcar demais pra mim.

Bom, pra melhorar agora é bom me comportar e esperar pra ver se esse trem para de doer de uma vez, e fazer de tudo pra no sábado já estar melhor, ou pelo menos apresentável. Ah, e antes que eu me esqueça... Minha cara tá parecendo uma lua cheia.

¬¬'

Vou acabar o post por aqui hoje. Sem versos nesse. Não por causa do que comentaram no outro post, por que eu não to ligando muito, sabe? E que essa coisa de cirurgia, dor, inchaço e etc...
Eu não tô muito na vibe de poema, saca?

Até mais, meu povo!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sobre o calor, o domingo e tudo mais...

Você consegue imaginar um dia mais chato que um domingo quente na frente do pc? É de desanimar qualquer um...

Apesar disso eu juntei coragem pra fazer um post pra cá. O que me deu animo para essa postagem foi conversar com a Priscila, uma amiga que tá no Japão agora, mas que tá voltando daqui a pouquissimos dias!!

Eu intimei ela antes de viajar que ela ia dar um jeito de ir conhecer Tokyo, e ela foi! Ow, tantas histórias, fotos e tudo mais! Não vejo a hora de ver ela por aqui!

Essas coisas me fazem pensar que o mundo é enorme, mas ao mesmo tempo tão pequeno. Pode não fazer sentido à primeira vista, mas apesar das diferenças, estamos pisando todos no mesmo chão.

Tudo a ver com gente, então vou falar sobre gente.

Tudo igual

Gente anda
Gente ama
Gente fala mal

Gente pensa
Gente mente
Gente é tudo igual

Gente escuta
Gente sofre
Gente não é normal

Gente sabe
Gente entende
Gente é tudo igual


Tae, poema sobre gente. Axo que a foto de Tokyo caiu bem. Homenagem a Pris. Saudades imensas, muito ansioso pra ela estar por aqui e contar tudo sobre o lado de lá do Pacífico.

=D

É isso aí, gente. Até o próximo post.