segunda-feira, 11 de maio de 2009

As esperanças e os fatos

Hoje eu senti frio.

Um frio diferente do habitual, e mesmo por que não estava tão frio assim.
Apenas frio. Um frio que a muito tempo não sentia.

Cara, é muito difícil manter suas esperanças quando a realidade pesa. Sobretudo se a realidade é uma mistura de brumas e sombras. É quase como andar no vazio. No nada.

É muito difícil ser confiante quando nada é certo. Nada é claro. Ainda mais quando as espectativas estão contra você.

Daí o frio.
Agoniante o frio que se sente ao ter de encarar os fatos. Encarar suas decisões mesmo que o caminho não seja um mar de rosas, ou até mesmo se as rosas secam no meio do caminho.


Não dá vontade de desistir.

E desistir já não é uma opção.


Também ando meio sozinho. Auto-contemplativo.
Reavaliando tudo em mim.
Daí, vem mais frio.

Tem pouca coisa mais incerta e subjetiva do que encarar a si mesmo?!

Réquiem


O piano ao fundo deu o tom
Música triste
Sinistra
E eu rindo


E a fé nunca foi mesmo meu dom
Se é que isso existe
Em mim
Vai sumindo


E as alegrias
A pouco passadas

Perecem com velas
Que já assopradas


E aos olhos vem a fumaça.
E de tudo eu acho é graça.
Nessa vida, tudo passa.





Axo que isso passa. Sempre passou. A diferença é que agora eu tenho uma causa pela qual eu tenho vontade de lutar. Não pretendo desistir. Nem que venha uma nevasca.

Um comentário:

  1. Primeiro...
    Se vale a pena lutar, caia de cabeça, mas cuidado pra não se matar.

    Certo ditado diz, se você não pode derrotar o inimigo, junte-se a ele.
    Se não puder com o frio, junte-se a ele...

    As vezes nossas decisões nos levam a penhascos que descobrimos, mais tarde que eram na verdade uma simples calçada a descer.

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